domingo, 14 de novembro de 2010

Voar Sem Querer Ver

Por entre as ruas do errado,
Em logro, sempre enfeitiçado.
Ergui-me, sem excessivo esforço,
De melancolias do íntimo poço.

Do sonho voei, e rasguei os céus,
Como se fossem frágeis véus.
Às nuvens, por sentir, redesenhei-as,
Para Freixieiro não as julgar alheias.

Rompi a mais penumbra escuridão,
Com a forma de voar… Foi tudo em vão…
Do sonho, despertar, voltar a cair,
No poço sem fundo, que me vi sair.

Acaba-se a rir o vento,
Com todo o seu talento,
Voar sem querer ver,
È agora lembrar sem esquecer….

1 comentário:

Paula Barros disse...

Não sei distinguir um soneto, mas me lembrou um soneto com suas rimas.

Quem voa e rasga os céus, e redesenha nuvens, pode até cair, partir as asas, trincar o bico, mas voltará a voar, e voará mais alto e mais belo.