domingo, 12 de dezembro de 2010


O Pássaro


Um pássaro voava leve e contente,

Uma seta lhe acertou, com um grito estridente.

Para o pássaro o sol se rasgou,

Sem asas nunca mais voou.

Cansado e magoado não mais se levantou,

E as cantigas de amor, não mais assobiou.


O cruel caçador na noite caçava,

Sem piedade, a seta atirava,

Por entre a noite escondido,

Atirou ao coração mais perdido,

Infiltrado no som da escuridão,

Escolheu o mais leve coração.


No brilho dos seus olhos se esconde Cupido,

De traz do seu olhar quente e perdido…

Eu já não tenho asas para voar,

Uma seta acabou de me aprisionar.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sentir pareceu voar

Aprendi, sentindo, a voar
Voei, mentindo, para sonhar
Planei nos assobios do vento,
Ignorando qualquer lamento

Dá-se o momento inesperado,
E a queda… como que caçado
O ar se transforma um rodopio…
Nas minhas asas não confio

E donde saem gritos e lamentos,
Vejo-os passar, em grupos nevoentos,
Voar… Não sei se acordei!
Cair… Não sinto que sonhei!

Aprender, desaprendendo a cair
Voar sem cair, só se não sentir!
Sentirei, escondido na memoria,
Voar, não passou de uma história…