Aconteceu, mais uma vez...
Sinto-me num jogo de xadrez,
Indeciso, atenção permanente,
Sabendo que no fim perco sempre
Trespassado pela espada da tristeza,
Caído, ferido, sem qualquer defesa,
E engolido pela dor... tão absurdo...
Já cego e surdo, perdendo tudo
Uma lágrima, um último suspiro,
Levado pelo nada que respiro…
Vem… pisando branco ou preto,
Te darei, este palpitar de segredo
Batendo, forte ou fraco, se escondeu,
Cada pulsar é mais teu que meu,
De tudo, que é nada, e tudo é ilusão
Nesta penumbra, resta-me a tua visão,
Arranco a lâmina, fria e cortante
Fica a cicatriz e a dor agoniante
Neste corpo tão meu como inútil
Este amor, tanto de grande como de fútil.